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Do grego kerus e do latim creare=criar
Acredita-se que o culto à Deméter tenha sido trazido à Grécia vindo de Creta durante o período miscênico, carregando consigo o seu nome. Sendo assim, ela é descendente direta da Deusa-Mãe cretense. Neste caso, Deméter representaria a sobrevivência da religião e dos valores matriarcais durante a cultura patriarcais guerreira dos gregos clássicos.
O hino homérico relata que ela teria chegado a Eleusis disfarçada de anciã, na época em que as pessoas vinham do outro lado do mar, de Creta.
As coincidências demonstram que existe uma conexão entre a Deméter documentada em Creta e a que é conhecida na Grécia.
Na Grécia antiga, Deméter era responsável por todas as formas de reprodução da vida, mas principalmente da vida vegetal, o que lhe rendeu o título de "Senhora das Plantas", "A Verde", "A que atrai o fruto" e "A que atraia as estações". As pessoas a honravam ao usar guirlandas de flores enquanto marchavam pelas ruas, geralmente descalças. Acreditava-se que pisar na terra descalço aumentava a comunicação entre os humanos e a Deusa.
Para os gregos, Deméter era a criadora do tempo e a responsável por sua medição em todas as formas. Suas sacerdotisas eram conhecidas como Filhas da Lua.
Outro vestígio da antiga consciência matriarcal da Deusa-Mãe foi transmitido na devoção católica popular da Virgem Maria entre os povos do Mediterrâneo. Quase certamente há uma continuidade psíquica entre Maria, a Mãe de Deus, as antigas deusas da Grande Mãe no Mediterrâneo e no Oriente Próximo e a deusa Deméter. Mas embora se conheça muitas representações medievais de Maria com cereais e flo
res, ela não possui o poder emocional das antigas Mães da Terra e suas filhas.
Deméter era a protetora das mulheres e uma divindade do casamento, maternidade, amor materno e fidelidade. Ela regia as colheitas, o milho, o arado, iniciações, renovação, renascimento, vegetação, frutificação, agricultura, civilização, lei, filosofia da magia, expansão, alta magia e o solo.
No panteão romano, Ceres é filha de Saturno e de Réia; é uma divindade itálica muito antiga e completamente identificada com a Deméter grega. Perséfone, fruto dos amores de Ceres e Júpiter, tem o nome de Prosérpina, e Plutão a leva para o seu mundo subterrâneo. Diante dos lamentos de Ceres, os deuses do Olimpo prescreveram-lhe infusões de papoula para ajudá-la a encontrar o sono! Mas, inspirada no amor pela filha, Ceres atrelou dois dragões alados, apoderou-se de uma tocha que inflamou ao passar sobre
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o Etna e correu pelos ares gritando por Prosérpina.
Demeter, deusa da terra e da colheita. De acordo com a história, Coré era a filha donzela de Deméter (Ceres). Quando ela colhia flores em um campo próximo a Elêusis, a terra se abriu diante dela. Um carro negro surgiu das profundezas, conduzido por um cavaleiro – Hades (Plutão), senhor do mundo subterrâneo; apanhou Coré e levou contra a vontade para sua região. Deméter vagou em lamentação até pedir ao rei Celeus que construísse um templo para ela em Elêusis. Ali sentou, proibindo que a terra desse fruto. As folhas murcharam e secaram; a terra congelou e o mundo viu o primeiro inverno.
A humanidade estava em perigo de extinção. Atendendo às orações dos mortais, Zeus enviou Hermes ao submundo para pedir a libertação de Coré. Porém, como Coré havia comido sete sementes de romã, não poderia mais sair. Era preciso chegar a um acordo. Decidiu-se que Perséfone passaria três meses no mundo subterrâneo e nove sobre a terra. Ela continuaria sendo a rainha do mundo dos mortos e por isso seu nome não seria mais Core, a donzela, mas Perséfone, “aquela que deve ser temida”.
Deméter é associada, acima de tudo, aos mistérios de Elêusis. Mesmo hoje, não é possível saber o que acontecia no santuário eleusiano. A deusa era personificada e celebrada por mulheres em rituais secretos no festival de Ambarvalia, em Maio. Existia um templo dedicado a Ceres no monte Aventino em Roma. O seu primeiro festival era a Cereália ou Ludi Ceriales ("jogos de Ceres"), instituídos no século III a.C. e celebrados anualmente de 12 de Abril a 19 de Abril. A veneração de Ceres ficou associada às classes plebéias, que dominavam o comércio de cereais.
Os iniciados deviam jurar segredo. E, apesar dos mistérios ter durado mais de mil anos, ninguém jamais revelou o segredo. Os candidatos jejuavam e antes de iniciar sua caminhada à Elêusis, cobriam seus rostos e se banhavam no oceano. Esta combinação de água e escuridão sugere que a estrada para Elêusis era também a estrada para o mundo subterrâneo. Os iniciados bebiam uma mistura que provavelmente era alucinógena e seguia-se uma dança. O que acontecia depois nunca foi revelado.
Já o culto a Deméter (Ceres) foi introduzido em Roma em
As teorias principais atualmente dizem que Ceres e Vesta (as deusas “trabalhadoras”) pertencem ao signo de Virgem e Palas Atena e Juno (as deusas do “relacionamento”) pertence à Libra. Alguns teóricos acreditam que esses pedaços errantes constituem os diversos fragmentos do feminino que buscam a reunificação. E que os asteróides como um todo representam Virgem, o signo cujos nativos por vezes se perdem nos fragmentos, mas sempre conseguem juntar todos os pedaços para fazer um todo.
A posição de Ceres no horóscopo pode afetar de maneira significativa a capacidade de uma pessoa para criar e manter uma relação saudável consigo mesma.
Já o glifo de Ceres é o glifo de Saturno de cabeça para baixo e invertido. Ambos são relacionados à paternidade e ambos podem potencialmente desenvolver relacionamentos possessivos, dominantes ou estranguladores com seus próprios filhos. Com freqüência, Ceres no horóscopo se manifesta como área em que a pessoa pode se tornar muito protetora e maternal, ou adotar o papel de “zelador” naqueles aspectos da vida.