terça-feira, 29 de dezembro de 2009

Características dos OITO TIPOS DE LUNAÇÃO

Devemos considerar, ao fazer a análise, as limitações impostas a uma pessoa, por seu ambiente social, cultural, etc. O que importa é a qualidade do relacionamento, quando é polarizado para sua contribuição à comunidade ou nação.

O tipo Lua Nova: quem nasceu com a Lua até 45º de distância do Sol.

Tende a ser subjetivo, impulsivo e emocional nas suas reações aos relacionamentos. Confusão ou tendência para se projetar sobre os outros ou o mundo, para viver e amar como se fossem sonhos ou telas para projetar sua imagem ou sombra. Pessoas e situações são enfrentadas sem muita preocupação com o que são realmente – tornam-se símbolos.

O tipo Crescente: as pessoas nascidas com a Lua entre 45º a 90º à frente do Sol no zodíaco.

Novo impulso para a ação que normalmente leva à auto-afirmação, à fé em si mesmo e um intenso desejo de superar obstáculos para alcançar um anseio vital. No aspecto negativo, poderá ser caracterizado por uma sensação profunda, subconsciente, de ser esmagado pelo ímpeto do passado.

O tipo do 1º Quarto: pessoas nascidas com a Lua entre 90º a 135º adiante do Sol.

Crise na ação, atividade administrativa, enérgica. Na pessoa, o impulso é da construção de estruturas que poderão servir para futuros ideais sociais e novo senso de relacionamento interpessoal. O tipo positivo tem vontade forte, sentimento de auto-exaltação ao se defrontar com velhas estruturas em desintegração.

O tipo da Lua Corcunda: as pessoas nascidas com a Lua de 135º a 180º à frente do Sol.

Tendência a dar muita atenção ao desenvolvimento da sua própria capacidade de crescimento pessoal. Desejam oferecer valor e significado à sua sociedade, à própria cultura. Elas trabalham no sentido do esclarecimento de questões pessoais ou sócio culturais, tendo em mente algum objetivo. Geralmente são possuidoras de mente aguçada da capacidade para associar idéias e conceitos. Poderão devotar-se a uma causa ou pessoa.

Tipo da Lua Cheia: com a Lua entre 180º a 135º atrás do Sol, o ápice do ciclo.

Fazem parte dos fatores básicos do caráter a objetividade e a percepção clara nos relacionamentos interpessoais e sociais. O que foi sentido no passado, agora é visto. Indica algum tipo de realização, revelação ou iluminação. Porém, no caso negativo, separação ou divórcio (às vezes, separação da realidade ou divisão interior). Para este tipo de pessoa, o relacionamento ou significa tudo ou repudia todos (exceto aquele “ideal”).

O tipo Divulgador: com a Lua entre 135º a 90º atrás do Sol, no zodíaco.

No sentido positivo, são pessoas inclinadas a demonstrar aos outros o que aprenderam ou experimentaram. Freqüentemente agem como divulgadores de idéias, daquilo que os impressionaram nos estudos, nas suas experiências ou na tradição. O tipo negativo pode tornar-se um fanático ou ser dominado por emoções coletivas.

O tipo do Último Quarto: as pessoas nascidas com a Lua minguante de 90º a 45º atrás do Sol.

As do 1º Quarto representa um estado de crise na ação e as do último Quarto tem a tendência para sofrer de crises na consciência; parece mais importante a materialização das suas crenças ideológicas em sistemas de pensamento definidos e/ou em instituições concretas. Nos relacionamentos pessoais e sociais, tendem a forçar questões baseados em princípios que defendem. Consideram-se pioneiras e podem demonstrar ironia ou senso de humor, ou são incapazes de aceitar críticas.

Tipo da Lua Balsâmica: as pessoas nascidas a menos de 45º atrás do Sol (cerca de 3,5 dias antes da Lua Nova).

O período que representa um décimo do total de ciclo de lunação constitui um estado de transição (sandhya – na doutrina hindu dos ciclos) – ou estado de semente; e esta semente se transformará na base da futura planta, desde que as condições sejam adequadas.

Nas manifestações elevadas, a pessoa pode ser profética e voltada porá o futuro (sentindo ser produto do passado), ou sentir-se possuído por um destino social ou quando, por um poder superior, sente que algo maior do que sua individualidade está ocorrendo e poderá aceitar o sacrifício ou martírio por amor ao futuro (do grupo ou humanidade). Os relacionamentos importantes que experimenta têm caráter de finalidade – meio para alcançar um objetivo transcendente.

O Ciclo de Lunação

Dane Rudhyar

Ed. Pensamento

terça-feira, 15 de dezembro de 2009

2010 - Um ano de Vênus

Este é um ano que promete muitas mudanças. Que vem se configurando há alguns anos, mas que agora terão seu ápice. Desde a entrada de Plutão em Capricórnio, em janeiro de 2008, já começamos perceber que aquilo que representava segurança e estabilidade, tanto para nós, brasileiros, mas também em termos mundiais, está em transformação. Uma nova forma de perceber e se relacionar com os fatos estão se apresentando. Aquilo que era já foi e o que vem, ainda é muito novo e pode ser muito bom, mas nos convoca a uma reavaliação geral, em muitos âmbitos. Pela configuração de aspectos tensos em signos cardinais, como a quadratura de Saturno em Libra e Plutão em Capricórnio, podemos entender que um processo chegou ao fim, ao seu limite. Aquilo que nós mesmos criamos, a estrutura que foi construída já não comporta, não cabe mais, e para muitos, este processo pode ser tranqüilo, mas para outros pode ficar bastante difícil e doloroso, na medida em que os conflitos e os limites se apresentam e se insistimos em manter uma estrutura que pertence ao passado. Vamos ter que lidar com os sentimentos, e com sensações que há muito tempo evitamos, das quais estamos muito distantes. Pode haver exacerbação das emoções, e o desafio será aceitar e manter certa serenidade.

As pessoas, entusiasmadas, estão se movendo com uma aparente segurança individual, calcada na aquisição de bens materiais e na aparência externa, porém insatisfeitas com o rumo de suas vidas, que está sendo questionada apenas num nível superficial, porque a prioridade é adquirir, o que entra em choque com a sensibilidade e as emoções, suplantadas pela posse material.

A instabilidade financeira, junto com o incentivo cada vez maior para o consumo exagerado, se traduz na desmotivação e insensibilidade que vem da necessidade de ter em vez de ser. Essa necessidade tende a mudar, a inverter o foco, na medida em que as circunstâncias externas, no cotidiano das pessoas, também mudam. Isso vai gerar uma ansiedade relacionada com a estrutura de suas escolhas afetivas, familiares; o convívio, a solidariedade e o que podemos compartilhar.

O certo é que, este mundo em que vivemos, está realmente se modificando rapidamente e um novo surgirá. Mas surgirá da reconstrução que faremos neste processo. Então podemos aproveitar imensamente esta oportunidade de criar novas bases, e fazer novas escolhas com mais autenticidade.

Com Plutão transitando no signo de Capricórnio – na Casa XI do mapa da Independência do Brasil, que representa o Senado, os países aliados e o funcionalismo público – as estruturas do governo poderão ficar seriamente abaladas, de maneira gradativa; a desestabilização do Senado poderá ficar ainda mais evidente, gerando completo descrédito da classe política na população, com possíveis conseqüências nas eleições do ano, que poderão surpreender; as garantias propaladas sobre o fornecimento de energia elétrica no país não são consistentes, tendo em vista os “colapsos” que já estão ocorrendo. É muito provável que o crime organizado (e as drogas) aumente de maneira assustadora, saindo do controle, com a população sentindo-se cada vez mais ameaçada, o que poderá causar revoltas e desafios às autoridades constituídas (Urano em trânsito fazendo uma conjunção exata com o Plutão do mapa natal).

Saturno ingressou no signo de Libra em novembro de 2009, o que significa muita cautela e aprofundamento nas relações diplomáticas, alianças, tratados e acordos comerciais. E a partir de fevereiro de 2010, estará fazendo um trígono com Júpiter do mapa do Brasil, o que significa possibilidade de crescimento do turismo, dos entretenimentos, espetáculos; este é o signo que trata também sobre a orientação da justiça. Será um período em que se disseminará a sensação de que tudo vai ficar bem e uma onda de otimismo poderá tomar conta da nação, que estará confiante na estabilidade financeira.

Porém, os aposentados, idosos, trabalhadores urbanos e rurais terão grandes dificuldades no setor da saúde pública (Saturno em trânsito em Libra fazendo oposição ao Plutão natal). Júpiter (a coletividade nacional, os interesses da nação) passando pela Casa I do mapa do Brasil, poderá aumentar a confiança da auto-imagem da nação, gerando otimismo exagerado.

A partir de julho de 2010, deverão acontecer algumas surpresas, nem sempre agradáveis, por parte de elementos muito conservadores e autoridades legalmente constituídas: problemas com países vizinhos (fronteiras comuns); com os meios financeiros; considerando a proximidade das eleições, a paz social poderá ficar abalada, (falta de credibilidade na classe política); o imprevisível comportamento do tempo (excesso de chuvas em uma região e seca em outra) ocasionará problemas nas safras de grãos, afetando a balança comercial. Devido a estes problemas, aparecerão os oportunistas (internos e externos), gerando o enfraquecimento ainda maior das estruturas governamentais e aumentando a insegurança, tanto nas cidades como no campo, a partir de agosto.

O colapso das instituições financeiras foi uma crise anunciada que ocorreu em outubro de 2008, quando Marte (insegurança interna dos países) e Saturno (construção civil), se encontraram no mesmo signo – Virgem (bens imóveis): as pessoas físicas, nos Estados Unidos não conseguiram mais pagar seus empréstimos, levando as instituições financeiras e empresas de grande porte começar a pedir concordata e/ou falência, gerando um efeito dominó de grandes proporções, que afetou a economia global. Embora o Brasil, aparentemente, tenha sido pouco afetado, ainda não está totalmente livre de sofrer algum revés. Se houver gastos excessivos do governo (Plutão natal em quadratura com Plutão em trânsito), ocorrerão graves problemas, sem solução no médio prazo.

Dessas grandes mudanças que se desenvolvem em 2010, o que podemos fazer é olhar para nossas relações e projetos com mais cuidado e atenção. Vale a pena todo esforço para integrar os aspectos importantes e aproveitar para eliminar de vez os que já estão vencidos e ultrapassados. Uma maior clareza dessas mudanças poderão nos deixar um tanto inseguros, mas assim teremos a possibilidade de iniciar este processo dentro de nós mesmos, e quando ele estiver evidente fora já estaremos prontos para acompanhá-lo.

Ana Rodolphi

Fabiana Pizetta

Rejane Barbisan

Astrólogas


segunda-feira, 14 de dezembro de 2009


Lua Negra, a Lilith Astronômica


Em primeiro lugar, gostaria de dizer que as colocações que farei aqui, em parte são observações minhas, feitas ao longo dos meus anos de estudos, a respeito deste ponto virtual denominado Lua Negra, mas principalmente das observações apontadas por Clovis Peres, meu professor durante alguns anos, que foram colocadas durante as nossas aulas e nos escritos que ele me transmitiu.


A idéia aqui não é a de esgotar, nem concluir, o assunto da Lua Negra com estas observações, ao contrário, a idéia é justamente expor estas observações, para que a partir disso possamos ampliar as nossas possibilidades de entendimento deste aspecto tão importante e ao mesmo tempo tão complexo.


Essas informações introdutórias tem o intuito de facilitar o entendimento desse aspecto para uma melhor conexão e integração com esta energia.
Essa exposição se ocupará de dois momentos. O primeiro da definição astronômica de Lua Negra e o segundo refere-se a sua representação.


Definição astronômica de Lua Negra, Lilith:
A definição astronômica da Lua Negra, usada pelas efemérides, é a de um marcador dos apogeus lunares, sejam eles médios ou verdadeiros, ou ainda o foco vazio da elipse que também se situa na linha dos apogeus.
A Lua Negra não é um corpo celeste, é um ponto móvel no espaço, que atua como um vórtice de energia, o foco vazio da órbita da Lua em torno da Terra.
A Lua percorre uma trajetória elíptica em torno da Terra. Uma elipse possui dois pontos focais e aquele que fica vazio foi denominado Lua Negra ou Lilith. Na realidade, a Lua e a Terra movem-se ambas ao redor de seu centro comum de gravidade. É preciso destacar que essa trajetória elíptica da Lua não se constitui de uma elipse exata propriamente, deste modo é necessário estabelecer a diferença entre a órbita média da Lua, que é uma elipse levemente alongada, e a órbita real, que oscila ao redor da órbita média devido a diversas interferências.


A Lua Negra descreve o ciclo dos Apogeus e Perigeus lunares, ou seja, isso corresponde à menor e à maior proximidade da Lua e da Terra, efeitos da atração gravitacional que a Terra exerce sobre a Lua.
Nos Apogeus a Lua atinge a maior distância possível da Terra, sua maior lentidão nesse momento é devido à composição da sua velocidade de escape com a força gravitacional que a Terra exerce sobre ela. Nos Perigeus, ao contrário, a Lua chega à menor distância possível da Terra. Assim, a Lua Negra, nas Efemérides, registra o ciclo dos Apogeus lunares, que é quando ocorre o maior distanciamento da Lua em relação à terra.


Este ponto astronômico denominado Lilith, Lua Negra, foi descoberto pelo astrólogo francês Don Néroman, no final do século XIX. Eu gostaria de enfatizar que este trabalho se refere à Lua Negra, Lilith astronômica, que é um ponto virtual, e não ao asteróide Lilith 1181
Se a Lua Negra ocupa um foco e a Terra outro da elipse, ocorre então uma polarização muito forte. Esses dois focos são pontos necessários para que a elipse exista e este é o caminho da Lua ao redor da Terra


Este entendimento dela nos céus e nos mapas nos leva a refletir sobre as fases lunares: nova, crescente, cheia e minguante, quando elas ocorrem nos Apogeus ou nos Perigeus. Assim, a maior reflexão lunar favorece toda vida e a menor reflexão nem tanto.
Quando as fases lunares ocorrem nos Perigeus, no período em que a Lua, está mais próxima da Terra, ela reflete com maior intensidade a luminosidade do Sol e dos planetas, as marés são turbulentas e o clima é instável e imprevisível. Já nos Apogeus essa reflexão é menos intensa pela maior distância entre a Lua e a Terra, as marés são mansas e o clima tende à tranqüilidade.

Mas o nosso interesse maior deve incidir sobre a composição gravitacional, as forças em jogo e em que sentido essas forças afetam a vida aqui.


A representação da Lua Negra
A Lua Negra é uma função lunar, e podemos definir luz e sombra, atração e repulsão, proximidade e distância, fluxo e refluxo, calor e frio, vazio e excesso.
Está ligada ao grande mistério da encarnação, a essa vontade que nos leva a fazer um ninho e ficar nove meses na escuridão. A Lua Negra leva praticamente 9 anos para completar seu ciclo e 9 meses em cada signo. Atualmente está em aquário.


A Lua Negra nos conecta com o que é da espécie, quando estamos no útero, vivemos aquilo que é da espécie, de toda história da humanidade, do ponto de vista genético. É no útero que vamos captar uma série de sensações, de impressões que não tem imagem.


Durante os nove meses de gestação, o bebê vai viver no escuro, e todas as impressões que ele registra são muito fortes, mas sem referência de imagem para relacionar, ou seja, são sensações extremamente poderosas e que vão atuar durante toda a vida após o nascimento, por isso é que são uma série de referências estranhas e obscuras, imagens fantásticas, porque não temos imagens para associar a essa memória.
Assim, sob essa perspectiva, é a partir do nascimento é que vai haver um encontro entre a mãe e o bebê. Essa relação entre o bebê real e as expectativas da mãe também podem ser observadas nessa relação com a Lua Negra. A expectativa com relação ao sexo do bebê, a forma como a mãe vai lidar com os desejos e as projeções.


Uma importante investigação que podemos fazer é do período que antecede ao nosso nascimento, ou seja, a partir da Lua Negra da concepção, de como foram os nove meses que antecederam ao nosso nascimento.


Durante a gestação, no período em que a lua transita pelo apogeu ela traz para o feto a sensação de refluxo, esvaziamento, sensações estas que seguirão pelo resto da vida, e que exigirão elaboração. Durante aquele período ela está mais lenta, está mais distante. E à medida que aprofundamos as investigações por signo e casa, vamos entender como é esse processo de atração e repulsão, calor e frieza.

A partir do nascimento a Lua Negra tem a capacidade de nos informar acerca das presenças corporais que, de um modo que muitas vezes é paradoxal. Muitas vezes nós nos relacionamos objetivamente bem, mas o corpo contradiz, com desconforto, mal estar.
Assim, a Lua Negra estando ligada à gestação, à gravidez, gravidade, está ligada a todos os processos do planeta em que a gente vive, mas que não vê. E como vamos estabelecer uma relação com aquilo que não vemos, mas que age, e que age de forma obscura, já que ela trabalha nossas reações mais primitivas, as que não chegam a vir ao consciente.


A Lua Negra corresponde às nossas experiências que são registradas sensorialmente, ela é extremamente corporal, revela-se através dos gestos, atitudes corporais, atração e repulsão das quais muitas vezes nem percebemos, mas todo mundo registra e responde


Uma primeira forma de entender como a Lua Negra funciona, seria observando nossos automatismos do ponto de vista do corpo, gestos, posturas, sensações, reações automáticas que têm uma relação direta com este aspecto.


Os trânsitos de Lua Negra são momentos em que será possível, e muitas vezes necessário elaborar estas sensações, é quando ela traz a possibilidade de elaborar imagens.
A Lua significa nossa socialização, ou seja, quando começamos a ter a percepção do ambiente, com luz, quando abrimos os olhos e nos deparamos com o ambiente que nos cerca.
A Lua Negra já foi, você já aprendeu tudo antes. Pelo simbolismo, durante nove meses estamos no útero e aí aprendemos tudo que tínhamos para aprender em termos de Lua Negra. Quando nascemos, durante algum tempo não percebemos nada, mal se consegue enxergar. Todo este período, porém você percebe fisicamente é sensorial.


A lua negra está relacionada à força que nos faz encarnar e os nossos mecanismos de sedução, atração e repulsão.
Na Lua Negra podemos entender o nosso processo de encarnação, nascimento, e a forma como vamos nos manter encarnados. Este processo inicia no útero, mas vamos continuar a buscar formas de nos manter encarnados, essa busca, esse instinto de preservação está relacionado a ela.
O tanto de energia que dispomos para nos manter, e a forma como lidamos com essa busca, também está associado à Lua Negra. Nosso instinto de sobrevivência, nossa força básica, tudo isso podemos verificar na forma como vamos lidar com ela.
Ela nos conecta aquilo que somos, no sentido mais básico, primitivo. A partir daí podemos entender que a Lua Negra está ligada ao corpo, o nosso corpo, e tem a ver com as sensações físicas, fluxo e refluxo, e a interpretação que damos para estas sensações.


A Lua Negra tem a ver com a gravidade, com o peso e com as variações, tem relação com o balanço de atração e repulsão entre a Terra e a Lua.
Ela é a necessidade de se analisar o movimento do corpo à distância, é uma questão corporal e inconsciente. E por ser uma relação com o corpo, com a memória do corpo, por se constituir de impressões que não possuem imagens como referência, é que ela nos exige muito mais cuidados e atenção, pois à medida que vamos elaborando estas impressões no decorrer da vida, entramos em contato com essa energia e muitas vezes criamos para essas impressões, uma imagem muito poderosa, mas muitas vezes também obscura e aterrorizante.


Esses nove meses antes do nascimento, de se tornar um embrião, no período de desenvolvimento na barriga da mãe, se estende por toda vida, a nossa capacidade de se preservar na vida, de se agarrar com unhas e dentes, com todo princípio de informação, todo processo de adquirir uma forma é dela.


A Lua Negra é uma hiper sensibilidade ao ambiente e essa hiper sensibilidade está ligada ao fato de que estando no útero, no escuro, todos os movimentos dos líquidos, as variações neste ambiente, serão extremamente poderosas, um registro que remete a figura da Lilith e as experiências entorno de elementos arquetípicos que são ligados a Lilith, em contextos diversos, em culturas diversas e épocas diversas.


A referência a essas imagens fantásticas, está relacionada a essa hipersensibilidade do período intra-uterino, ao escuro, a essas variações, o refluxo que ocorre enquanto a Lua está no apogeu, o que pode ser aterrorizante. E que se constitui como aterrorizante na primeira infância, e vai formar um registro, um registro mítico daquilo que é aterrorizante pra ele, e que depois vai se tornar aterrorizante no contexto coletivo, e vai se refletir na imagem que se tem da Lilith.


Sob a perspectiva coletiva, esse registro mítico da Lua Negra - Lilith relaciona-se com tudo que foi atribuído a mulher, no aspecto sombrio, à sexualidade relegada à sombra, à sensualidade, às experiências com o corpo e que não são compreendidas, tem a ver com a gestação, e também com a negação de uma gestação, com tudo que refere-se a uma gestação, com tudo que circula os ciclos femininos, com as experiências dolorosas que estão ligadas a esses processos, e com o poder que também está ligado a esse processo, e que geraram estes registros míticos.


Fabiana Pizetta

Astróloga.

quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

PADRÕES CÍCLICOS DE LUNAÇÕES

Os padrões de lunação ocorrem em virtude do movimento da Lua ao redor da Terra.

As fases básicas do ciclo de lunação são quatro, que passam a ser oito quando consideramos a divisão de cada ciclo, daí surgindo a definição de oito tipos humanos, de acordo com o dia de nascimento.

1º: da Lua Nova ao Primeiro Quarto (crescente) – 0º a 90º

Período de atividade instintiva, inconsciente e irreprimível. Percepção subjetiva, com tendência para não distinguir entre desejos, sonhos ou sentimentos e a realidade do mundo exterior. A pessoa procura descobrir quem ela é, até onde pode se expandir e quais as suas qualidades psíquicas. Impulsividade e espontaneidade; confusão de valores e falta de equilíbrio psicológico.

Na distância de 45º do Sol, começa a surgir um estado de tensão de caráter. O desejo de expansão é muito forte, mas a resistência contra aumenta. Isto dá início ao processo de transformação: a percepção objetiva aumenta, desenvolvem-se emoções, complexos e desvios – começa a individualização, que aumenta até a fase crescente.

2º: da Lua Crescente até a Lua Cheia – 91º até 180º

Este é o período no qual os obstáculos devem ser vencidos e o mundo velho deve ser enfrentado com atividade deliberada, que atinge seu auge quando a Lua está a 135º do Sol. Este aspecto é do tipo de luta, na qual a personalidade força suas próprias decisões por um objetivo cada vez mais claro. O indivíduo procura destruir os obstáculos. E, à medida que se aproxima da Lua Cheia, o esclarecimento e maturidade ficam mais fortes, rumo a algum tipo de realização ou compreensão.

3º: da Lua Cheia até o último Quarto (minguante) – 181º até 270º

É quando começa o período minguante do ciclo, que é liberado o poder ativo de percepção, que pode ser partilhado com outros e transformá-los. Por outro lado, neste período há uma cristalização progressiva e depois desintegração de estruturas orgânicas.

A energia solar, que foi liberada na Lua Nova, vai se exaurindo a partir da Lua Cheia. No entanto, o poder do Sol energiza a consciência e a mente do ser humano individualizado.

O ponto crítico é o ângulo de 135º entre o Sol e a Lua. Porém, como é um aspecto minguante, isto é, o refluxo do ciclo, está se encaminhando para a escuridão (inconsciência) do instinto, para a emergência da consciência racional; os ideais devem ser partilhados e transformados em algo objetivamente aplicável; adquirir senso de responsabilidade ou senso de derrota.

4º: da Lua Crescente até a Lua Nova – 271º até 360º

É momento de crise que envolve problemas de percepção e formulação de decisões. O conflito é forte (nível ideológico), assim como a perda da força biológica. Na parte social, é o desafio das velhas estruturas sociais, e o surgimento de pessoas destinadas a agir como “sementes” para o futuro.

Quando chega o aspecto de 45º Sol-Lua (lua balsâmica) – é a propagação da semente e do sacrifício pessoal.

Neste período que antecede a Lua Nova, podem nascer os mártires ou os personagens simbólicos que são a incorporação da necessidade de sua coletividade.

Rejane Barbisan

Astróloga

[i]



[i]Condensado de O CICLO DE LUNAÇÃO – Dane Rudhyar

quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

LUNAÇÕES





Talvez por influência da mídia, as pessoas dão uma considerável importância ao “signo solar”, pois é fácil fazer a relação do dia de nascimento e a posição do sol com relação ao zodíaco.

Na astrologia geocêntrica, a terra é colocada no centro e se torna apenas um receptor de influências celestes, sem participação alguma. O mesmo acontece com a astrologia centrada na pessoa, que acaba se tornando um joguete de forças externas, sem qualquer vestígio de livre-arbítrio. Na verdade, de acordo com as mais recentes teorias quânticas, tudo faz parte do todo, o que nós não conseguimos captar de maneira integral.

A lunação é o relacionamento cíclico do sol com a lua. E os seres humanos podem ser divididos em tipos, de acordo com o período de lunação, classifi8cação esta que se refere a um aspecto do ser humano total.

Pela posição do sol no dia do nascimento, podemos avaliar a natureza básica e propósito arquetípico de um ser humano. Pela fase da lua, isto é, o grau de luz de ela reflete, começamos a compreender o processo de vida opera no indivíduo e qual a atitude que adota ao solucionar os problemas de relacionamento da vida.

A primeira divisão se faz verificando se a pessoa nasceu no período crescente ou minguante da lunação. O crescente é o poder de construir estruturas e o minguante tem o poder de liberar o significado criativo. A segunda divisão é transformação do ciclo em quatro períodos básicos: da lua nova – até o 1º quarto (crescente) – lua cheia – até o último quarto (minguante). Além disso, os pontos centrais de cada período são momentos de confrontos – liberação de energia construtiva ou destrutiva.

(Continua em: Padrões cíclicos de lunação)

Rejane Barbisan

Astróloga