quinta-feira, 15 de julho de 2010

Astrologia: destino?

cascata7 Estamos sempre nos perguntando para que serve a Astrologia, pois afinal, se tudo está “escrito nas estrelas”, isto é, já é pré-determinado, por que, então, saber antecipadamente o que vai acontecer?

Basicamente, existem dois tipos de Astrologia: a ortodoxa com a qual estamos acostumados lendo em revistas e jornais ou assistindo na TV, centrada na personalidade da pessoa, com suas muitas ramificações, sendo que apenas uma delas é voltada para a previsão, embora não seja a mais importante. A outra é a Astrologia esotérica, baseada na evolução da alma da pessoa. Esta é mais hermética. Embora não faça previsões, ela é fascinante, pois trata daquilo que temos de mais profundo e quais os caminhos que temos percorrido nas muitas encarnações por eons de tempo, e onde estamos agora.

Quando estudamos e/ou entramos em contato sincero com a Astrologia, nossas dúvidas a respeito de sua validade desaparecem, como um nevoeiro que se dissipa com a luz do Sol.

Rejane Woltz Barbisan

Astróloga

Signo Solar: LEÃO

astroleao Perdendo-se nas trilhas do tempo, o homem, para se orientar, já distinguia entre as estrelas as que formavam figuras, nas miríades de luzes noturnas. E começou a imaginar as que chamamos constelações. Os signos apareceram da observação do caminho percorrido pelo sol e, considerando um círculo de 360º, dividiram por 12, formando o zodíaco.

Do nosso olhar da Terra para o espaço, foi determinado um ponto, chamado ponto vernal, que é quando o Sol chega ao 0º do signo de Áries. Em seqüência, a cada 30º inicia outro signo. O quinto é Leão, onde o Sol chegará no dia 22 de julho, às 19h08min este ano.

Na mitologia o signo de Leão é representado por Seckmet, deusa egípcia, que possuía cabeça de leão; Cibele, deusa cuja representação é sobre um carro de quatro rodas puxado por dois leões. Ao signo são imputadas lendas de deuses solares, como Apolo e Hélios. Um dos doze trabalhos do herói solar Hércules é vencer o leão de Neméia, que aterroriza a cidade e arredores. Ele consegue usando suas próprias forças, estrangulando-o.

O leonino quer ser o melhor colocado. É inspirado a se envolver nos caminhos da audácia, coragem, novas descobertas, atitudes dignificantes. Aprecia a beleza, o luxo e a riqueza. Tem forte necessidade de reconhecimento e estar no centro dos fatos; é fiel a seus princípios, ao que pensa, aos amigos. Sabe comandar com diplomacia, sendo um líder nato. O temperamento é apaixonado e é magoado com facilidade. Seus pontos fracos são os olhos, a coluna vertebral e o coração.

De 22 de julho a 21 de agosto, eles podem esperar um envolvimento maior com novas idéias e projetos para o futuro, um desejo forte de preservar a individualidade – muito espaço e liberdade, inquietação e capacidade de ação, mas devem ter cuidado com a vida financeira que pode passar por oscilações. A expressão verbal estará calorosa e persuasiva, com a parte cognitiva estruturada e concentrada, capaz de transmitir idéias de forma divertida, com facilidade e assim fazer amigos e influenciar pessoas. Os relacionamentos estarão mais voltados para o companheirismo e afinidades mentais, expressando seus sentimentos de maneira reservada. Também tentarão pensar de maneira lógica e imparcial procurando o equilíbrio, tendo uma conduta de vida honesta e disciplinada.

Rejane Woltz Barbisan

Astróloga

segunda-feira, 5 de julho de 2010

Urano

Urano Antes dos deuses, o espaço apresentava apenas uma confusa massa, em que se confundiam os princípios de todos os seres.
O Céu (Ouranos) tornou-se esposo da Terra (Gaia) e da união de ambos nasceram os Titãs, dentre os quais sobressaem o Tempo (Cronos, mais tarde confundido com Saturno), Oceano, pai dos rios, Atlas, personificação das montanhas, Japeto, antepassado do gênero humano. Os Relâmpagos (Ciclopes) e as Tempestades (Hecatonquiros), igualmente nascidos do Céu, surgem um instante, depois desaparecem, sem que saiba para onde vão. É que o Céu, quando lhe nascem filhos de tal espécie, os mergulha de novo no seio da Terra, mãe deles. Esta, no entanto, irritada com tal procedimento, instigou os Titãs a rebelar-se contra o pai: o Tempo (Cronos) chefiou-os e, armado de uma espécie de foice chamada harpe, que sua mãe lhe entregara, feriu gravemente o pai, reduzindo-o à impotência. O sangue que caiu sobre a terra fez com desta saíssem as Fúrias; o que caiu no mar deu nascimento a Afrodite (Vênus) personificação da atração.
Urano constitui um dos mais confusos de todos os arquétipos planetários. Como foi descoberto durante as Revoluções Francesa e Americana em 1781, foi relacionado à liberdade, à independência e a uma natureza revolucionária e rebelde. A palavra “pioneiro” foi aplicada aUrano e, de fato, os que nascem com Urano em proeminência parecem possuir um incrível espírito de pioneirismo mas também, com freqüência, vem o sacrifício de uma vida pessoal ou mundana.
Urano é o iconoclasta, o rebelde divino; é também o poder criativo da vontade humana. Seu primeiro aparecimento é como criador, e não como rebelde. A palavra latina Uranus deriva do grego Ouranos, que por sua vez relaciona-se ao sânscrito Varuna. O deus Varunano Rig Veda é o criador e guardião da lei cósmica. Cria todo um universo pela força de seu maya (vontade criativa e não como ilusão). Havendo criado ele também mantém, pois é o juiz e o guardião da lei, a ordem moral que governa o mundo. Ouranos, na antiga Grécia, era o pai-céu original, o primeiro filho de Gaia quando ela surgiu do caos primordial. Tornou-se também seu esposo e os dois deram origem a muitos seres monstruosos, incluindo os Ciclopes, gigantes de um olho só. Seu poder derrama-se do céu como uma chuva. Em Astrologia, recebeu a regência de Aquário, signo sempre associado às “águas da vida”.
O poder da criatividade uraniana raramente chega a nós em sua forma pura, “cósmica”. As primeiras agitações do poder criativo normalmente causam turbulência na psique da maior parte dos indivíduos; essa turbulência se manifesta como rebelião contra o passado.
Urano no mapa astral é comparado à rebelião social de um indivíduo. Embora isso seja verdade até certo ponto, é igualmente verdade que a boemia das últimas décadas foi produto tanto de Netuno quanto de Urano. Também lhe é atribuído talento para a invenção científica, mas devemos nos lembrar no lado escuro da tecnologia.
Urano pode ou não ser socialmente rebelde – suapremência por liberdade pode ser expressa em um nível interno e não por meio de um estilo de vida. O governo tirânico do deus-céu Ouranos deve nos prevenir que a ciência e a tecnologia podem tornar-se forças tirânicas ou limitadoras.
A solidão e o isolamento experimentados quando incorporamos o arquétipo de Urano é similar ao isolamento experimentado pelo arquétipo de Saturno (quando foi destronado pelo seu filho e banido para o Tártaro). Estas condições de banimento e liberdade se apoderam de uma pessoa quando ela está sob a influência de Urano em trânsito ou em progressão. E tudo acontece de forma explosiva – a repentina consciência de que a pessoa pode criar coisas magníficas e o repentino fim ou queda do estado divino que resulta quando a pessoa é trazida de volta à vida real.

Rejane Barbisan

Astróloga

O Senhor do Carma através das negociações

nascer Existe um ponto em que as limitações e restrições se tornam inaceitáveis, tanto individual como coletivamente. É quando precisamos assumir responsabilidades por nós mesmos e pelo conjunto da sociedade em que vivemos, desenvolvendo disciplina e força interior.

Saturno representa o limite, o caminho necessário e é uma energia fria, dura e severa, mas dá estrutura e forma ao cotidiano; é alei de causa e efeito em ação, o equilíbrio que leva à justiça. Mas é também o lado inaceitável da personalidade que é reprimido, rejeitado e jogado no fundo do inconsciente. Por meio da ênfase no ego – “eu sou fulano” – Saturno elabora um sistema de defesa contra tudo que percebemos como externo e exige ações concretas e objetivas.

E agora ele está transitando no signo de Libra, considerado o mais equilibrado do zodíaco, porque é a energia capaz de se adaptar, ajustar e ceder para deixar todos felizes. É também a nossa vontade de cooperação, harmonia, parceria, compromisso e senso estético, diplomacia, perfeccionismo, indecisão, frivolidade e vacilação.

Quando Saturno (exaltado), junta sua energia com a de Libra, a tendência é o desenvolvimento do sentido de equilíbrio e retidão moral, a importância da cooperação ao invés da competição, a definição de limites. É tempo de solidão interior e também medo de ficar só, medo de pedir e não ser atendido, de não ser aceito, de lutar pelos objetivos de vida, insegurança.

No plano coletivo, Libra é a energia dos acordos, tratados, negociações, compromissos internacionais, legislação (código penal), orientação da justiça, das diversões e espetáculos. É quando começam os adiamentos, obstáculos nos empreendimentos, problemas nos acordos internacionais, diplomacia equivocada e uma grande falta de realismo político, levando a uma ideologia utópica.

Não são tempos fáceis. Mas podemos tirar o melhor partido das lições que seremos forçados a aprender. E também colaborar, fazendo a nossa parte.

Rejane Woltz Barbisan

Astróloga

Nodos

nodes O conjunto das energias e forças zodiacais são formações complexas, derivadas da Geometria Sagrada e conhecidas através dos aspectos astrológicos e que são usados pela ciência moderna, na forma como distribuem suas antenas de rádio, televisão e celulares, ou quando posiciona algum satélite em órbita terrestre. Os efeitos dos ângulos observados pela ciência correspondem à dos astrólogos e representam facetas das estruturas fundamentais do Universo e remetem às realidades geométricas de fundamental importância.

Os aspectos são estudados segundo graus de força, por exemplo, o trígono (120º) e a quadratura (90º).

Além disso, se acrescenta a questão da tolerância espacial a ser observada na influência destes aspectos, podendo se atribuir 10º para os aspectos mais importantes: trígono, quadratura, quintil, conjunção e oposição; 7º para os de segunda importância: sextil, semi-quadratura, decil; 4º para aos de terceiro grau de importância: semi-sextil, sesqui-quadratura, biquintil; e apenas 1º para os demais aspectos. Como a tolerância é centrada no planeta, considera-se apenas a metade desta margem para cada lado da esfera avaliada.

Devemos ainda considerar que os aspectos se encontram divididos em quatro grupos, relacionados com: o físico ou material, psicofísico ou neutro, astral ou anímico e espiritual.

A espiritualidade está simbolizada pelo triângulo – que são os aspectos benéficos e fluentes – trígono (120º) permite a fluência das energias; sextil (60º) harmonizante; semi-sextil (30º) atuação física: e quincúncio (150º) atuação física.

O material ou físico está simbolizado pelo quadrado – processo de aprendizado e crescimento pela dor – quadratura (90º) gerador de tensão emocional; semi-quadratura (45º) gerador de atritos mentais; e sesqui-quadratura (135º) atua sobre a saúde.

O aspecto astral ou anímico está relacionado ao pentágono, correspondendo à esfera da alma e é intermediário entre os dois anteriores – quintil (72º) efeito de natureza mental; decil (36º) efeito no plano físico; e biquintil (144º) efeito no plano das emoções.

Os psicofísicos ou neutros atuam no sentido de agrupar ou separar forças, e sua natureza depende dos planetas envolvidos – conjunção (0º) relaciona-se ao Sol; e oposição (180º) relaciona-se à Lua.

Rejane W. Barbisan

Astróloga

terça-feira, 4 de maio de 2010

ASPECTOS


O conjunto das energias e forças zodiacais são formações complexas, derivadas da Geometria Sagrada e conhecidas através dos aspectos astrológicos e que são usados pela ciência moderna, na forma como distribuem suas antenas de rádio, televisão e celulares, ou quando posiciona algum satélite em órbita terrestre. Os efeitos dos ângulos observados pela ciência correspondem à dos astrólogos e representam facetas das estruturas fundamentais do Universo e remetem às realidades geométricas de fundamental importância.

Os aspectos são estudados segundo graus de força, por exemplo, o trígono (120º) e a quadratura (90º).

Além disso, se acrescenta a questão da tolerância espacial a ser observada na influência destes aspectos, podendo se atribuir 10º para os aspectos mais importantes: trígono, quadratura, quintil, conjunção e oposição; 7º para os de segunda importância: sextil, semi-quadratura, decil; 4º para aos de terceiro grau de importância: semi-sextil, sesqui-quadratura, biquintil; e apenas 1º para os demais aspectos. Como a tolerância é centrada no planeta, considera-se apenas a metade desta margem para cada lado da esfera avaliada.

Devemos ainda considerar que os aspectos se encontram divididos em quatro grupos, relacionados com: o físico ou material, psicofísico ou neutro, astral ou anímico e espiritual.

A espiritualidade está simbolizada pelo triângulo – que são os aspectos benéficos e fluentes, mas também de ajustes – trígono (120º) permite a fluência das energias; sextil (60º) harmonizante; semi-sextil (30º) atuação física: e quincúncio (150º) signos inicialmente incompatíveis, precisam de ajuste

O material ou físico está simbolizado pelo quadrado – processo de aprendizado e crescimento pela dor – quadratura (90º) gerador de tensão emocional; semi-quadratura (45º) gerador de atritos mentais; e sesqui-quadratura (135º) atua sobre a saúde.

O aspecto astral ou anímico está relacionado ao pentágono, correspondendo à esfera da alma e é intermediário entre os dois anteriores – quintil (72º) efeito de natureza mental; decil (36º) efeito no plano físico; e biquintil (144º) efeito no plano das emoções – estes aspectos tem a orbe de apenas 1º.

Os psicofísicos ou neutros atuam no sentido de agrupar ou separar forças, e sua natureza depende dos planetas envolvidos – conjunção (0º) relaciona-se ao Sol; e oposição (180º) relaciona-se à Lua.

Rejane Barbisan

Astróloga

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

SIGNOS E MITOLOGIA


Sem esperar, entramos numa máquina do tempo e lá estamos nós, alguns milhares de anos de volta no tempo.
O ser humano, embora caminhe ereto, é diferente. Alguns já mostram o instinto gregário já se desenvolvendo formando comunidades primitivas, com o intuito de sobrevivência. Lentamente evoluindo, começa a construir cidades saindo das cavernas. Porém, uma coisa continua sempre igual - a curiosidade.
Olhando para o céu noturno, fica observando aquela quantidade imensa de pontos luminosos, aos quais vai aos poucos conhecendo, juntando e criando figuras fantásticas e imaginárias, construindo constelações. São símbolos, onde tudo pode ser escondido ou revelado, pois desvenda muito do mistério que se esconde em sua essência.
Com a observação cuidadosa do céu bem como dos acontecimentos na Terra, foram criando, no caminho aparente percorrido pelo Sol, os signos, com valores altamente simbólicos em sua manifestação terrena e a construção de informações através daquilo que se chamou Zodíaco. O círculo que faz parte da memória coletiva da humanidade como elemento importante de rituais onde o homem delimita um espaço que passa a ser sagrado e que foi usado pela astrologia de todos os povos em todos os tempos - um círculo com uma cruz em seu centro.
O ponto central ou o ponto de cruzamento das linhas (cruz) e o círculo são o Espaço, o Tempo e a Matéria, indicando uma manifestação potencial. Colocando dentro deste círculo as forças (energia) dos planetas, encontramos a Consciência que manifesta todo o potencial da energia condensada. Desta maneira, um dos principais papéis dos astrólogos era observar a época e o local do nascimento de grandes mestres e avatares, pelos sinais (símbolos) dos céus.
Nós herdamos todo o conjunto de recordações e sentimentos inconscientes que condicionam nosso comportamento. Os antigos percebiam as forças dos arquétipos e foram criando mitos, deuses e heróis, muitos dos quais exprimem as forças criadoras que emanam do mundo espiritual. Estudando os mitos relacionados com os signos e planetas, compreendemos melhor sua mensagem.

Rejane Woltz Barbisan
Astróloga

quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

NETUNO


Filho de Cronos e Réia, assim como seus irmãos, foi devorado pelo pai logo ao nascer, devendo a Zeus seu retorno à vida. Foi elevado à dignidade de deus principal no momento da partilha do governo do universo, tornando-se o soberano do mar, dos lagos e dos rios, o deus da navegação, das tempestades e dos terremotos, invocado pelos marinheiros que queriam garantir uma boa travessia. Tinha como atributos o tridente, o delfim, o cavalo e o touro.
O contato com o grande oceano do inconsciente coletivo, esse eterno armazém de imagens e sonhos, pode trazer terremotos psíquicos. Em geral, porém, os astrólogos percebem Netuno como um planeta suave, quase feminino pois o netuniano típico vive em outro mundo, sua visão volta-se para uma realidade interior que pode criar castelos de fantasia que deliciam as multidões ou que podem levar o nativo a um submundo escuro de escapismo e abuso de substâncias tóxicas.
O êxtase é ao mesmo tempo o dom e o defeito fatal do indivíduo netuniano. Os astrólogos com freqüência referem-se à década de 1960 como uma época muito netuniana – as drogas, os arroubos amorosos, o idealismo, a colorida roupagem boêmia sugerem Netuno muito fortemente. É perigoso ser possuído por um arquétipo. O ego humano comum não consegue lidar com isso. O xamã saudável, que cura a tribo, não cai vítima do tipo de possessão arquetípica que aflige tão facilmente os netunianos contemporâneos. Ele executa sua dança divina, tira sua máscara e volta à consciência humana comum.
Netuno instalou-se nas profundezas psíquicas do homem, tornando-se o símbolo de tudo aquilo que em cada um de nós não é consciente nem visível. É tão importante como fator astrológico que suas atribuições simbólicas ainda hoje são amplamente experimentais e as pesquisas a seu respeito são intensas. É possível ver o tridente como símbolo das profundezas inconscientes que dominam o consciente, pois os abismos marinhos são também símbolo do inconsciente e o depósito de tudo o que foi posto de lado. Portanto, ele agita as águas, provoca maremotos, faz a terra tremer e afundar, suscita os monstros do mar (os monstros do inconsciente) e engole deuses e criaturas numa clara analogia com o mecanismo de introjeção e do afundamento do Eu no Inconsciente.
Quando Netuno corteja Tétis, a Nereida, para casar-se com ela, uma profecia o alertou de que o filho nascido dessa união tornar-se-ia mais importante que o pai; Netuno, então, renunciou ao casamento com Tétis para evitar que se repetisse o trágico tema dos pais. Ora, Netuno é, portanto, o princípio de sublimação, de superação. É a renúncia à intenção para melhorar a consciência de si pois Netuno é um impulso irrefreável da energia psíquica instintiva que não conhece obstáculos, a expressão do Inconsciente Pessoal e coletivo. Porém, uma das coisas mais difíceis é espanar areia de nossos olhos, despertar e manifestar nossas visões, libertar-nos da escravidão e do cativeiro porque, uma vez em liberdade, precisamos fazer escolhas sozinhos, aceitar a responsabilidade por essas escolhas e viver de acordo com elas. E muitos de nós preferem viver de olhos fechados, culpando as outras pessoas por sua desgraça.
Negação significa “olhar para outro lado”. A negação baseia-se em olhar para longe da realidade. Quando a realidade (Saturno) é ignorada ou negada, Netuno toma a dianteira com sonhos, fantasias, vícios, ansiedade desenfreada, etc. Então o desafio é manter-se ligado a seu centro espiritual interior enquanto continuam a viver no plano material.
Como deus das tempestades e terremotos, Netuno era capaz de liberar sua raiva primordial e sua intensidade emocional sobre a Terra à vontade. Esse aspecto de Netuno não é bem compreendido, mas é o resultado quando emoções e instintos não tem permissão de existir na superfície ou quando não são liberados em intervalos apropriados.

Rejane Woltz Barbisan
Astróloga

terça-feira, 19 de janeiro de 2010

TENSO, INTENSO


“Se meus demônios me abandonarem, tenho medo de que meus anjos também levantem vôo.(Rilke)”.

Era um grupo pequeno, pessoas escolhidas por sorteio, já que a procura pelas poucas vagas oferecidas foi disputada. Quando pensei fazer aquele seminário sabia muito bem o que eu queria (queria me desvelar mesmo), o que não sabia era o impacto que o convívio com essas pessoas causaria entre nós, pois conforme cada um foi se identificando, afinidades e controvérsias foram se mostrando. A proposta é muito interessante e provavelmente muito produtiva: a idéia é reunir doze pessoas, cada uma de um signo, trocando experiências, trocando impressões, expressões artísticas ou não, enfim, cada um na verdade, revelando sua personalidade única, dentro é claro, de uma delimitação de tempo e espaço.

Mas dentre todos um tipo me chamou especial atenção – um tipo tenso, intenso. Sabe aquela pessoa que quando cruza com teu olhar, há uma perturbação, há um fascínio irresistível, e voltas a olhar para saber o que foi que tocou, onde cutucou. Enigmático, penetrante, desconfiado, aparentemente hostil e impiedoso. É um olhar que sonda sem nada revelar – visão de raio X, sagaz como águia; tem uma maneira esquisita de perceber aquilo que as pessoas não querem que os outros saibam. É denunciador, porque pouco tolerante, percebe a hipocrisia e a impostura com um faro para as correntes subterrâneas. O signo de Escorpião é o único do zodíaco que tem como símbolo três animais: o escorpião, a serpente e a águia que significam as fases evolutivas em que os nativos desse signo se manifestam. Então, o escorpião – essse aracnídeo cuja cauda sempre retesada, está pronta para atacar e inocular seu veneno mortífero; já as serpentes, rastejam bem junto ao solo e ouvem os segredos da terra, possuem a sabedoria da terra, captando informações mais concretas da vida prática e as águias sobrevoam com sua visão poderosa, captando dados nos planos mais sutis, onde o imperceptível e o mais importante acontecem.

Foram de poucas palavras e alguns gestos sutis que fui adivinhando essa personalidade que foi revelando esse personagem intenso. Agora, porque tenso? Lembre o efeito elástico, quanto mais estica, mais expicha e então laceia...

O que ele mostra com seu ar de sedução é uma dificuldade extrema de relaxar o controle de si mesmo e contaminar toda sua expressão numa espécie de cortina de fumaça; a aparência fleumática e indiferente é só uma máscara e por vezes parece profundamente cínico, porque constantemente envolvido e confrontado com um dos mais confusos segredos da natureza humana: o seu lado sombrio, ou seja, junto à nobreza e à grandeza da raça humana ainda existe um animal, e que animal! Cabe-lhe então o papel de Judas – a força de escorpião permitiu que Jesus Cristo morresse e descesse às entranhas da terra para então, renascer e levar a luz a todos os seres terrestres - há que ser cruel, pode ferir fundo quando quer e sua franqueza exclui qualquer compaixão. O mal não é algo abstrato, nem culpa de outro: ele está em todos nós e temos que chegar a um acordo com a Hidra de nove cabeças que existe dentro de nós mesmos que podem significar os muitos desejos de um coração incivilizado. A hidra significa muitas coisas como ciúme, vingança, inveja, raiva, sexualidade frustrada, violência, tão próprio desse ser passional por excelência...

A Hidra é uma besta parecida com uma serpente, tem nove cabeças, cada uma dotada de dentes com veneno mortal. É como se fosse uma cobra múltipla e, mais um detalhe: cortar uma dessas cabeças e nascerão três no seu lugar. Mas o grande segredo é que a Hidra não suporta a luz. Então, se não conseguires abater as múltiplas cabeças, tens que levar a criatura até a luz do sol; ela se contorce toda e começa a morrer. Agora, só resta uma cabeça que é imortal e dentro da qual há uma jóia preciosa, ou seja, o monstro tem algo precioso que precisa ser olhado à luz da consciência: eis o que esse diferente olhar pode transformar!

Compreender ao mesmo tempo essa tenacidade e perspicácia que perpassa nesse olhar que tudo vê, é saber que ele mostra um ser de desejos intensos, profundamente sentimental e sensível, é extremamente suscetível aos sentimentos alheios, se magoando com facilidade. Este ser, muitas vezes intensamente solitário, prefere observar e algumas vezes dar alguns flagrantes no inconsciente do outro, mas o que este olhar parece dizer o tempo todo é que tudo deve ser vivido como se não houvesse amanhã. Ele não tem ilusões sobre a vida e não tenha a ilusão de passar incólume por um relacionamento com um escorpiano, nada será como antes.

Ana Rodolphi

Astróloga

segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

SIGNO: ESCORPIÃO


O mais desconcertante e talvez o mais incompreendido signo do zodíaco: enigmático, penetrante, aparentemente hostil e impiedoso. Como compreender este oitavo signo que parece provocar tanta confusão, fascinação e temor? Para isso é relevante observar o simbolismo a ele associado. Primeiramente, é o único signo que possui um simbologia associada a três animais: o escorpião, a serpente e a águia. Observando estes animais podemos delinear as principais características e, de uma certa forma, até a própria evolução dos nativos deste signo, que é considerado o mais forte e magnético do zodíaco.

O escorpião é um animal que vive isolado – o escorpiano também não é uma criatura coletiva, prefere um pequeno círculo de amigos de confiança. Desprovido de agressividade, desde que não o ataque, pois aí irá ataca-lo para matar. Ele também prefere se destruir a se submeter ao controle de alguém.

Na astrologia antiga era representado pela serpente e este é um símbolo muito profundo e nos diz muito a respeito de escorpião: a serpente troca de pele ciclicamente – muitas vezes a vida de um escorpiano se fragmenta em diversos capítulos, a medida que passa de um ciclo para outro. A serpente se move junto ao solo e ouve os segredos das raízes das coisas. Na Bíblia, ela é Lúcifer, o anjo caído. Portanto, ela tem duas caras, contém os dois: o bem e o mal, o mesmo acontecendo com o escorpiano. Já a águia está associada ao mais alto nível evolutivo do signo de escorpião, no qual o indivíduo se afasta dos interesses puramente terrenos, para se dirigir aos planos superiores da espiritualidade. A percepção aguçada do escorpiano é comparável ao grande alcance que atingem os olhos da águia . Se agora juntamos as duas simbologias – a serpente e a águia, podemos vislumbrar a poderosa perspicácia de escorpião, ou seja, captam informações mais concretas da vida prática, assim como captam os dados mais sutis, onde o imperceptível e o mais importante acontecem. Essa visão interior/exterior lhe confere uma das marcas mais importantes deste signo que é a visão através do outro, isto é, gosta de ver o que não é mostrado, ouvir o que não é dito, ou ler o que não está escrito.

Muito se fala a respeito da famosa sensualidade e das tendências eróticas de escorpião, porém isso não é assim tão simples. A palavra chave é paixão. Passional ao extremo, não há nada de indiferente num escorpião apaixonado. A sexualidade para escorpião é mais uma questão de emoção; seu ciúme não é apenas físico, é mental, ou seja, quer se apropriar de tudo que existe na mente e no coração do outro – a possessividade é tão natural quanto a respiração.

Seus sentimentos são muito intensos, mas também sabe ferir fundo quando quer e sua franqueza exclui toda compaixão, pois não suportam hipocrisia, assim como não há simulação possível diante de sua poderosa visão de raio-X. Seu senso de justiça é baseado em impressões emocionais e jamais esquece uma ofensa, porém não fica nutrindo ressentimentos, pelo contrário, ao ser agredido, parte obstinadamente a engendrar uma ardilosa vingança – não espere sentimentos cristãos como docilidade e paciência. Ninguém vive um relacionamento com um escorpiano sem mudar: vai aprender a ser mais consciente de si mesmo, dos anseios dos outros e de um incrível mundo invisível da psique que não enxergamos – sua perspicácia nos mostra que não seríamos tão cruéis se sentíssemos a crueldade primeiro dentro de nós mesmos.

Não por acaso, o descobrimento do planeta Plutão, regente de escorpião, coincidiu com o auge da psicanálise ( Freud tinha ascendente em escorpião) que procura trazer à luz a parte inconsciente da psique; descoberto no signo de câncer, a mãe do horóscopo e, situado entre Castor e Pólux que, em sua regência, distribuem entre si o céu de cima e o inferno de baixo.

Ana Rodolphi

Astróloga

domingo, 10 de janeiro de 2010

Saturno, Senhor do Tempo.

Saturno, o Senhor do Tempo.
Em 2010 as configurações astrológicas mostram que Saturno, o senhor do tempo, vai se fazer presente. A quadratura entre Plutão em Capricórnio e Saturno em Libra, nos exigirá paciência, cautela e rigorosa seleção de prioridades, reduzir, avaliar, desenvolver maior consciência da importância do tempo. E começamos em Janeiro, já que o Sol transitando por Capricórnio e iluminando este aspecto, tornando claro e evidente a autoridade de Saturno. Algumas estruturas estão em transformação e muitas chegam ao fim. Plutão em Capricórnio indica a transformação e Saturno, que está exaltado em Libra, nos mostra que os nossos valores, o convívio social, a capacidade de estruturar as relações serão grandes aprendizados e onde experimentaremos com maior ênfase essa transformação. O fim de algumas estruturas pode implicar no fim daquilo significa segurança, mesmo que aparente. É importante estar atento aos sinais que o corpo nos envia nesses momentos, já que podemos tentar suportar e até resistir a certos processos, e o acúmulo de sensações e tensões pode acabar trazendo prejuízos ao corpo. A coluna, em geral, é a que mais manifesta problemas. As estruturas que se transformam fora também afetam dentro e Saturno está ligado aos ossos, à nossa estrutura.
Essa pode ser uma ótima oportunidade para aprofundar determinadas experiências, criando um espaço para isso, caso contrário podemos ser consumidos por aquilo que imaginamos estar consumindo. Esse espaço para aprofundar e valorizar as experiências é necessário para que possamos fazer uma adaptação e assim assimilar as novas etapas. Sem esse espaço corremos o risco de anular o valor do que experimentamos não percebendo a importância e a validade do que vivenciamos.
E percebendo que as experiências fazem sentido, que são realmente importantes, então podemos olhar para a qualidade das nossas trocas, das nossas relações, a qualidade do que podemos construir. Permitir-se tempo para este processo pode ser muito enriquecedor e produtivo.
Em 18 de janeiro, Júpiter ingressa em Peixes, fica até Junho, depois ingressa em Áries, e retrograda para Peixes em Setembro, será intenso e perfeito para idealizarmos, conectarmos e nos encantarmos com os novos ventos. Júpiter em Peixes pode nos auxiliar no processo de dissolução dos aspectos vencidos e ultrapassados e ao mesmo tempo possibilitar que façamos uma integração maior, buscando a compreensão. Aprendendo a conciliar razão e emoção, buscando maior inspiração e quem sabe, mais leves e confiantes.

Fabiana Pizetta (Ambika)
Astróloga.