segunda-feira, 30 de novembro de 2009

Quincunce

A dinâmica da astrologia


Tudo no universo é movimento ordenado e com rotações em ritmos regulares e trajetórias em círculos ou elipses. Os astros formam aspectos entre si, isto é, relações baseadas em distâncias específicas, em um determinado momento, o que os faz exercerem uma ação comum ou uma tendência. Como disse Morin, dois planetas em aspecto comportam-se como dois sócios ou rivais.

Kepler tentou relacionar a teoria dos aspectos com a escala musical (sons) e as relações geométricas dos pitagóricos, que dividiam o círculo (360º) formando figuras – a divisão por 2 relacionar com a oposição, por 3 com o trígono, por 4 com a quadratura...

A conjunção, que é quando dois planetas se encontram no mesmo ponto do zodíaco, é uma tentativa de fusão, de combinação. É o aspecto Zero, um ponto de partida, o momento da potencialização de algo e também a liberação de uma energia e/ou poder novo.

Rudhyar diz que “a medida que a conjunção se torna separativa, a potencialidade liberada no momento exato da conjunção é progressivamente distribuída, simbolicamente falando”.


Se considerarmos cada planeta como personagem de um jogo, podemos considerar que se os jogadores são harmoniosos, há uma associação benéfica, porém, se houver dissonância, eles serão adversários jogando em lados opostos e tentando vencer o outro.

Rejane Woltz Barbisan

Astróloga

quarta-feira, 18 de novembro de 2009

Astrologia



Um dos principais conteúdos da astrologia é seu aspecto simbólico, que considera os planetas e os signos como símbolos de processos cósmicos e de princípios universais, o que Jung chamava arquétipos. Podemos utilizar esta linguagem simbólica que serve para representar modelos e forças universais. O conteúdo simbólico da astrologia não é completo nem utilizável a menos que seja usado em relação a um quadro global da vida, isto é, holístico.
Poderíamos considerar como fenômeno holístico a antiga lei das correspondências ou das analogias entre as partes e o todo. Jung chama a esta lei das correspondências de “sincronismo”. Quanto à astrologia, determina que tudo o que nasce ou se realiza em um momento determinado, preservará inevitavelmente as qualidades desse momento.
Esta lei da sincronicidade explica porque o horóscopo ou carta natal é determinado com base na hora em que o recém-nascido realiza sua primeira inspiração. É precisamente neste instante que o bebê ajusta seu ritmo individual ao do grande Todo, ao ritmo do Universo. Tudo ocorre como se o sistema nervoso do recém-nascido fixasse os ritmos de seu entorno solar no momento preciso em que seu nascimento o expõe a este mundo material pela primeira vez. Recuperando a visão dos grandes astrônomos/astrólogos do passado, a astrologia considera que este primeiro momento, do cruzamento das linhas espaço/tempo, se trata de um traçado prévio de tudo o que imprime no bebê a natureza terrestre: genético, afetivo, educativo, sociocultural, geográfico, etc.
Dentro ainda do holismo da astrologia, os números (matemática elementar) é de grande importância, visto que tudo são ciclos e estes são previsíveis, como por exemplo, os eclipses, o tempo de duração das precessões, os equinócios, e todos os outros fenômenos materiais do cosmos.
Neste contexto, o mapa natal de uma pessoa mostra as potencialidades com as quais ela nasceu e poderá ou não aprimorar e/ou desenvolver.
Rejane Barbisan
Astróloga

terça-feira, 17 de novembro de 2009

Plutão


E Plutão está em Capricórnio.
Será um período de grandes transformações, em todos os níveis (físico, mental, emocional, espiritual, geológico), o que já está acontecendo.
Plutão foi descoberto em 1930 e demora 246 anos para percorrer o Zodíaco e chegar ao ponto de partida.
Apesar de ser um astro pequenino, a influência que exerce é fora de proporção com suas dimensões. Devido à irregularidade de sua órbita, pode permanecer em cada um dos signos desde quatorze, até mais de trinta anos.
Plutão, apelidado de “anão”, é extremamente denso, mais pesado que o ferro, o chumbo, o aço. Só um exemplo: 1 grama da matéria de Plutão pesaria na Terra cerca de uma tonelada! Isso talvez explique um pouco a influencia que exerce na Terra, bem como a sua composição molecular!
A Astrologia é determinante, é matemática, é uma das expressões mais visíveis da linguagem do Universo com os homens.
Plutão desnuda, deixando-nos no vazio mais absoluto. Plutão concentra, intensifica, transcende os limites.
Quando você estiver se sentindo só, abandonado(a), no fundo do poço, para poder transcender, tem de pagar um preço: o desligamento do ponto de referências habituais, daquilo que serve de apoio, e de sua própria identificação. Em outras palavras: com que nos identificamos? Com o nome, com o status, poder, beleza, hábitos, o ego? A “malha fina” de Plutão atua nessas áreas.
Plutão é duro, violento, drástico, arrebatador, profundo e misterioso. Plutão separa para unir. E a conseqüência desse contexto é uma universalização das atitudes pessoais. Plutão é extremista: se a situação é de força, com Plutão é de mais força; se é de fraqueza, com Plutão, é de muito mais fraqueza. O segredo é o EQUILÍBRIO.
O trabalho de Plutão consiste em nos libertar dos vínculos com a matéria. E isso ele faz por bem ou por mal.
Plutão se despede de Capricórnio em 2023, fazendo um bom relacionamento (sextil) com Netuno, porém um aspecto desafiador (quadradura), com os nodos Norte e Sul, como se estivesse dizendo: “missão cumprida”.
O lado bom de Plutão: ele é a Fênix que renasce das cinzas após a destruição. Plutão é o renascer, é uma nova aurora.

segunda-feira, 16 de novembro de 2009

Trânsitos




Em astrologia, significa a passagem de um astro em um determinado ponto sensível (planeta, ângulo) do mapa natal.
O mapa natal é um momento único, o cruzamento do tempo e o espaço, que fica imobilizado. Mas o universo está em constante movimento e os trânsitos consistem em acompanhar os movimentos planetários em relação às posições fixas do mapa natal.
Sua importância depende de sua duração.
Podemos então deduzir, que os mais importantes são os de Urano, Netuno e Plutão; os de Júpiter e Saturno são muito marcantes e os do Sol, Marte, Vênus e Mercúrio são trânsitos menores, considerando sua duração. Embora, às vezes, eles sirvam como detonadores de uma situação que aparentemente estava parada.
Os trânsitos não produzem seus efeitos necessariamente no dia exato em que ocorrem – podem ser um pouco antes ou logo depois; os efeitos podem ser externos ou internos (aqueles que só a pessoa sabe que ocorreu).
Também existe uma órbita de manifestação dos trânsitos: podem ser de dois dias (para Mercúrio e Vênus) até um mês (Saturno). Já para Urano, Netuno e Plutão, poderá ser de um ano até dezoito meses, porque o sistema de retrogradação faz com que eles passem várias vezes sobre o mesmo ponto sensível.


Rejane Barbisan
Astróloga

domingo, 8 de novembro de 2009

Astronomia - Cosmologia

Se tudo faz parte do mesmo Universo, por que não deveria existir influências recíprocas? Pense!

quinta-feira, 5 de novembro de 2009

Conjunção Júpiter e Netuno em Aquário

Quando: 21 de dezembro de 2009

Em primeiro lugar, gostaria de colocar que falar sobre este evento astrológico é uma forma de vivenciá-lo. Porque Júpiter está trazendo Netuno à consciência, evidenciando aspectos que foram desenvolvidos nos últimos 11 anos; período em que Netuno está transitando em aquário.
Inspirando uma busca por alternativas que nos auxiliem no processo de dar sentido às nossas experiências; criando a possibilidade de Iluminar as questões ligadas a Netuno em Aquário, para que possamos expandi-las e integrá-las; Júpiter expande, e aqui podemos ficar com expectativas infladas e irreais; fazendo-nos acreditar em saídas milagrosas.

Muitos outros aspectos dessa conjunção poderiam ser abordados aqui, mas considerando alguns aspectos de planetas lentos, que ocorrerão a partir do final desse ano, e ainda em 2010, e do trânsito de Plutão, que já está em Capricórnio, eu achei mais pertinente focar a possibilidade de escolhas, e o questionamento das nossas conexões, por que talvez assim possamos nos despojar dos excessos e seguir nessa caminhada mais leves e esperançosos.


A conjunção tem uma característica de começo, de colaboração e marca o início de um novo ciclo. Como um nascimento, este é o começo de um processo que terá uma finalidade e foco para além do momento atual. E este ciclo está relacionado às crenças e ideais que estabelecemos.
Este momento nos proporciona rever como estas questões vem sendo desenvolvidas. Dando início a este ciclo, traremos estas reflexões e considerações para o nosso presente e conseqüentemente para o nosso futuro.

A conjunção acontece em Aquário, afetando mais diretamente o grupo de signos fixos, Touro, Leão, Escorpião e Aquário. Os signos fixos tendem a se posicionar de forma mais direta e objetiva, sendo assim, podemos esperar acontecimentos para este grupo.
Para Leão esse momento pode causar uma necessidade de rever as suas certezas, a sua identidade, já que esta oposição evidencia muitas das suas dificuldades também.
Para Touro a segurança pode ficar ameaçada, na medida em que o apelo por mudanças, despojamentos e questionamentos toca nos seus apegos e no seu conforto.
Para Escorpião a sua necessidade de controle pode ficar ameaçada, afinal existe uma oportunidade de mudança, de saída, mas certamente terão que ir fundo nesse processo, já que é praticamente certo que algo novo irá surgir.
E Aquário é o portador das novidades da conjunção, então é prudente analisar estas possibilidades com cautela e discernimento e ver quais as reais possibilidades de mudança que esta conjunção proporciona. Aquário é um signo com características de lado B, alternativo e isso já pode nos indicar que as saídas não serão as convencionais, as tradicionais.

Como Netuno aparece em Aquário?
As relações que se estabelecem hoje refletem muito desse trânsito de Netuno em Aquário. Muitos de nós hoje se encontram o tempo todo interligados por máquinas, muitas vezes com a intenção de nos comunicar, de nos aproximar e até em busca de informação e de conhecimento, do novo, nos conectamos às máquinas, que fazem essas ligações com uma rapidez incrível.
As nossas conexões acontecem através de celulares, mensagens eletrônicas, redes de relacionamento, sites, blogs, twiters, mp3, antenas, aparelhos disso e daquilo, muitas vezes usados simultaneamente, criando redes de ligações e a idéia de que estamos conectados, integrados.

A busca por conexões é uma tendência natural, para que a vida aconteça, essa busca e necessidade de estabelecer conexões é fundamental, para que haja desenvolvimento. Para que haja um equilíbrio, pra que a vida aconteça, independente de estarmos conscientes desse processo ou não, ele vai acontecer.

Mas é preciso analisar de que forma essas conexões estão acontecendo. Quando se parte em busca de algo que vá suprir essa necessidade, em geral se parte numa direção para fora, na ilusão de que algo fora vá suprir essa necessidade de relação, de conexão e até de liberdade, e assim podemos não perceber que isso acontece primeiro em mim, aqui, ou seja, começa e termina em mim.

À medida que se busca, ou que se exercita essa busca por liberdade, por conexões consigo mesmo, podemos sim criar, outras conexões, de uma forma mais verdadeira, mais inteira.
Hoje temos sempre muitas possibilidades, porém é necessário eleger as opções por onde vamos construir essas conexões e construir um caminho de integração consigo mesmo, em primeiro lugar.
A internet acaba sendo uma opção quase que automática, perdemos a noção das horas em frente ao computador, e muitas vezes ainda ficamos com uma sensação de vazio muito grande.
Existem diversos estudos que mostram que a grande quantidade de informações a que ficamos expostos gera uma dificuldade de sentir, de perceber esse isolamento, os excessos da mente podem acabar gerando uma espécie de passividade, anestesia, criando uma sensação de frieza e distanciamento frente a aspectos emocionais.
Na cultura do conhecimento o órgão mais valorizado é o cérebro, mas precisamos conectar o corpo inteiro.
Muitas vezes a quantidade de informações que se está absorvendo é maior do a que se consegue processar.
Então ficamos quase que hipnotizados por uma série de notícias, imagens e entre as trocas rápidas de espaços.
A disponibilidade imediata de comunicação com tudo e todos pode trazer a ilusão de que estamos fazendo escolhas, mas acabamos indo de uma coisa para outra, e assim infinitamente.
Criando um paradoxo entre automatismo e liberdade de escolha, e isso pode gerar problemas nos relacionamentos afetivos, trazendo distanciamento.
E nesse momento, a conjunção Júpiter e Netuno em aquário, aumenta muito essa expectativa, de que algo vá suprir esse vazio.
É possível utilizar toda essa parafernália tecnológica como instrumento de comunicação sim, são inúmeros os exemplos de ações bem sucedidas na net, onde as distâncias não são impedimento para que os grupos atuem, e onde muito se pode ganhar em termos de conhecimento e possibilidade de troca.
Mas corremos o risco de acreditar em formas mágicas de solução e preenchimento para as nossas vidas.
Essa busca por uma conexão pode nos levar a acreditar que ela pode ser feita de uma forma artificial, podemos acabar transferindo as nossas crenças para as máquinas, para esse arsenal tecnológico que nos cerca, e com o que hoje estabelecemos muitas das nossas relações.
E quando temos algum problema com um desses pontos de referência, com algum equipamento, com o computador p. ex. muitas vezes nos desestruturamos a ponto de pensar que sem eles não conseguiremos viver.
Então, a expectativa de trilhar uma busca por transcendência, inevitavelmente, vai nos levar à constatação de que não existe uma resposta pronta pra isso, mas a busca é a construção desse caminho.
A transcendência é ir ao encontro a dessa conexão num sentido que é essencial, espiritual.
E que ao mesmo tempo é também uma projeção de algo que deveria acontecer aqui, e não fora.

Analisando as relações com essa característica aquariana podemos perceber que hoje em dia temos uma indicação de que essa busca seja voltada para dentro em busca de um contato maior, de um conhecimento maior.
E a medida que essa busca passa a ser interna, então eu já estou fazendo essa conexão, já estou construindo essa relação.

Não que seja um único momento, um momento especial e mágico, mas na construção da busca, no trilhar ele já está acontecendo. E é fundamental ter a noção de que o caminho se faz ao se caminhar por ele.
Porque essa conexão é esse caminho, esse processo de procurar me conhecer.
Fazemos essa construção, mas na maioria das vezes não percebemos, então talvez agora possamos aproveitar a inspiração que esse aspecto nos transmite para observar um pouco mais esse processo de busca.

Quando percebemos que a busca está pautada por algo que está fora, e a internalizamos, então há uma compreensão prática do que é e há uma possibilidade de mudança, de entrar em contato com a verdadeira liberdade,
a liberdade que essa conjunção nos propõe.
Essa comunicação está acontecendo dentro o tempo todo, se temos essa sede por informações, então podemos começar a saciá-la com os nossos próprios conteúdos, o nosso corpo, a mente, o espírito.

Eles estão mandando informações constantemente, mas é preciso querer ouvir, criar um espaço para sintonizar consigo mesmo, é preciso querer fazer essa conexão, observar-se, ouvir a própria intuição.
Procurar entender essas mensagens que o nosso corpo está nos enviando e que precisam ser traduzidas para que sejam entendidas, pra que se volte a ter essa relação, que em algum momento já foi natural.

Existem alguns estudos que analisam a ausência do corpo nas relações virtuais, porque com certeza essa é uma questão importante, que deve ter seus efeitos colaterais no corpo. De que forma o nosso corpo está reagindo a essa nova forma de se relacionar?
E talvez o que nos ofereçam de melhor nesse momento seja a possibilidade de rever alguns aspectos ultrapassados, de maneira suave, como uma onda inspiradora de mudança.
Pra que haja uma fluência nesse sentido é preciso criar esse espaço.
Essa comunicação pode trazer informações muito especiais, trazendo a possibilidade de nós mesmos respondermos essas questões, e talvez este seja um momento extremamente propício para iniciar esse processo.

Essa expectativa de que em algum momento esta resposta vai chegar, de uma forma mágica, um sinal, já pode ser um indício de que estamos esperando por algo.
E à medida que abrimos esse espaço para a relação interna, podemos ter a percepção de que realmente há algo especial acontecendo, o tempo todo.
Estamos recebendo essas respostas, mas se não há espaço para que elas sejam percebidas, se não estamos com os ouvidos preparados para ouvir, não aproveitaremos esta bela oportunidade.
E continuaremos a esperar que algo fora nos toque, nos responda, nos conecte, para que tenhamos a certeza de que estamos nos completando.

O “ser” na sua totalidade, corpo, mente, espírito, como uma unidade, nos faz perceber que quando estamos inteiros e conectados fazemos realmente parte de um todo maior.
Mas pra isso é preciso espaço, tempo, vazio, silêncio, é preciso que nos desliguemos um pouco de tantas coisas que nos enredam, que nos distraem, para então conseguir iniciar essa relação.
Criar as condições especiais para essa união é necessário, já que ela exige uma construção da nossa parte, ela precisa ser resgatada para que seja possível.

A partir do momento que começamos a criar esse relacionamento, essa conexão, com tudo que engloba o “ser”, então passamos a buscar uma relação maior, e mais verdadeira, aí sim, é possível melhorar a relação com o mundo e com os outros.
Porque esse preenchimento que a tecnologia nos trouxe, essa comunicação constante, toda essa diversidade de opções que nos cerca, de certa forma, está consumindo esse espaço da nossa vida.

Júpiter possibilita a expansão e a integração desse processo
e muitas vezes esse é o espaço onde podemos valorizar as nossas experiências.
Hoje, não conseguimos aprofundar as experiências por que estamos constantemente ligando uma coisa a outra, uma experiência a outra e assim incessantemente.
Como estamos constantemente cercados de informação, e preenchimento desses espaços, é como se nos acomodássemos e ficássemos passivos diante do que vem.

E para aprofundar determinadas experiências precisamos de um espaço reservado, senão somos consumidos por aquilo que imaginamos estar consumindo.
Essas relações muitas vezes não proporcionam oportunidade de aprofundamento e intimidade, assim ficamos na superfície.
Esse espaço para aprofundar e valorizar uma experiência é necessário para que possamos fazer uma adaptação entre as experiências e assim assimilar as novas etapas, os novos processos.

O vazio, o não preenchido por atividades, máquinas, compromissos, outras pessoas, um intervalo entre uma experiência e outra, entre uma conexão e outra, entre os relacionamentos, o início, o meio e o fim.
Ter a possibilidade de viver o tempo de gestação, a idealização, é fundamental para que uma nova forma apareça.
Sem esse espaço corremos o risco de anular o valor do que experimentamos, não percebermos a importância e a validade dessas experiências.

Ter um entendimento do que cada experiência requer, isso é produto de uma sensibilização de algo que acontece conosco, e como instrumento do que vai ser importante lá fora, nas conexões que se sucedem.
E perceber que as experiências fazem sentido pra mim, que são realmente importantes, e assim eu tenho algo pra levar pra fora, pra comunicar lá fora, e algo fora vai me tocar de maneira diferente.

A partir do momento que eu me permito abrir esse espaço eu posso perceber que sim, eu posso ter uma relação de liberdade, de escolha e talvez menos de dependência e expectativas.
Estabelecendo uma relação de liberdade eu posso circular e me relacionar entre as coisas do mundo sem a expectativa de preenchimento.

E quando esse arsenal de coisas que me cercam começam a perder essa importância, então eu posso olhar para a qualidade das minhas trocas, das minhas relações, a qualidade do meu afeto, a qualidade do que eu posso construir nas minhas relações, encaminhando as minhas relações para uma experiência mais igualitária e livre, um outro tipo de relação;
onde o que conta é o afeto, a solidariedade a riqueza das experiências.

O propósito de uma relação de liberdade e igualdade que pode estar ligado a este momento, terá a chance de acontecer se eu me permitir esses questionamentos, me permitir transcender alguns valores, alguns apegos que, aparentemente me oferecem segurança, mas que muitas vezes já estão vencidos e precisam ser revisados.
Um questionamento que pode ser feito hoje com relação as nossas crenças, nosso estilo de vida, nossos padrões de automatismo, enfim nossas relações.

A busca pela transcendência não nos garante o que vamos encontrar, que vai haver um momento em que se atinge o objetivo, mas a busca nos coloca na caminhada, a busca nos faz construir, descobrir um novo caminho, e buscando podemos questionar que aquilo que estabelecemos hierarquicamente talvez não seja viável, e talvez o “novo” que esse aspecto nos propõe seja de entrar nessa jornada onde temos espaço para dúvidas, e que a partir do momento que eu me comprometo com a minha construção, então posso entender que existe espaço para muitas coisas, que me acompanharão na minha caminhada, mas que não representam de forma alguma um peso, e sim uma possibilidade de conexão e integração.
Fabiana Pizetta
Astróloga

quarta-feira, 4 de novembro de 2009

Alfabeto astrológico


“O alfabeto astrológico é constituído por vários grupos e fatores: polaridades, elementos, planetas, signos, casas, aspectos, entre os mais fundamentais. Depois existe a sintaxe, que diz respeito à interpretação e interação dos elementos e a parte dinâmica, relativo ao processo de prognóstico.
Além de estudar a natureza, devemos observar como se distribuem as energias no horóscopo, o que é feito dando “pontos”, segundo incidem nos ritmos ou elementos.

As energias da Personalidade
A personalidade é a esfera de nosso eu pessoal, nossas energias mais básicas, o ambiente mais próximo e fundamental. É a nossa infra-estrutura em geral: sem ela nada podemos fazer, e o mais sábio que fazemos é mantê-la em ordem. É dada pelos chamados Quatro Elementos, e mais diretamente com o Sistema de Casas. Relaciona-se, esotericamente, à 1ª Iniciação ou o despertar espiritual, e também com a forma quadrangular.

A Lua
A Lua simboliza a esfera das formas, os distintos níveis de formas representados pelos Quatro Elementos. Rege simbolicamente o Sistema de Casas porque polariza com o Sol. Como sugere seu símbolo (o da Lua Minguante), representa a divisão por quatro (quadrantes), existindo por isto quatro deuses lunares para simbolizar suas quatro fases.
A Lua representa a imaginação, assimilação das coisas, sensibilidade e auto-imagem, o psiquismo e a receptividade; a mãe; o povo.

As energias do Espírito
O espírito está simbolizado pelo Sol, que se manifesta através dos Ritmos Cardinal, Fixo e Mutável, assim como pelos Signos. Este nível está relacionado ao triângulo e, esotericamente, à 2ª Iniciação, a do Discipulado, ou a busca pelo contato com o Eu Interior.

O Sol
É a esfera central do Sistema Solar. A origem e o final. Isto está indicado no seu símbolo, um Centro (ponto) com sua Circunferência, Alfa e Ômega. É o espaço total, seja em sua origem central como exterior. É o todo e o resumo do Sistema que dele depende.
Significa nosso Eu Interior sublimado, o coroamento de nossa evolução, nossas estruturas de consciência. É a nossa vitalidade, e a nossa necessidade de experiências, poder e modo de expressão, criatividade, dignidade e autoridade.

As energias da Alma
A Alma ou Psiquê é aquela esfera intermediária entre a Personalidade e o Espírito. Representa uma “energia” elaborada pelas virtudes, e na realidade expressa aquilo que de mais propriamente humano existe. Nela se encontra o molde do homem, ou o Arquétipo divino-humano. Relaciona-se à 3ª Iniciação (1ª Iniciação Solar) e à forma pentagonal.

Mercúrio
É a esfera que simboliza o nível da Alma no Microcosmo. Mercúrio ou Hermes é o elo entre os mundos, o Mensageiro dos Deuses. Processa ou alquimiza as energias planetárias e relaciona hierarquicamente os opostos. Tudo isto está representado no seu símbolo, onde aparece todo o conjunto planetário reunido: Sol, Lua e cruz alusiva ao grupo planetário. Mercúrio é o Grande Alquimista, aquele que transforma os metais, ou seja: os elementos – é a mente (as palavras “mente” e “metal” são aparentadas e elemento contém o termo “mente”). É o intelecto, a comunicação, a razão, a dialética. É o fruto da planta. Sua polaridade é neutra.”




(Compilado da Revista Órion, nº 10 – Out/2003)
Rejane Woltz Barbisan


Astróloga

segunda-feira, 2 de novembro de 2009

Mapa Natal


Horóscopo é o mapa da posição dos planetas no firmamento na hora e no lugar exatos do seu nascimento. É o caminho aparente do Sol que os astrônomos chamam de eclíptica.
Vamos partir da noção de que movimento é a possibilidade de evolução, desenvolvimento. Nada está quieto no universo, tudo interage em harmonia.
Usamos o sistema geocêntrico (a Terra no centro) na Astrologia, porque é do ponto de vista desde nós mesmos, isto é, o ponto de partida é a Terra, lugar onde podemos desenvolver a consciência espiritual, a partir do corpo físico, que é onde se realiza a unidade corpo/espírito.
No mapa natal, estão gravadas as memórias, o caminho e as possibilidades de desenvolvimento de cada pessoa; é a representação em símbolos de um ser com um corpo/alma.
A astrologia nos ensina que existe harmonia no universo e que tudo e todos são parte de algo maior. Portanto, a astrologia ajuda a explicar a vida e não é apenas uma arte de fazer previsões. O propósito não é culpar os astros e as estrelas pelo que nos acontece, mas aprender a nosso respeito através das indicações astrológicas (ciclos).
Basicamente, a astrologia ajuda a entender melhor nosso lugar e nosso relacionamento com o mundo que nos cerca. Poderemos ter uma noção bastante apurada do nosso potencial, nossos defeitos e as razões que estão por trás deles. No entanto, não é a astrologia que vai fazer você tirar proveito das oportunidades que aparecem nem superar suas limitações, mas oferecer orientação de como superá-las. Não vai negar seu livre-arbítrio, sua hereditariedade, seu meio ambiente, suas crenças ou tendências. Mas vai ajudar a explicar quem é você e qual o melhor caminho num determinado momento.

Rejane Woltz Barbisan
Astróloga

Os Planetas e as plantas

Uma vez que todos os planetas de nosso sistema solar orbitam aproximadamente o mesmo plano, vemos o Sol e os planetas desfilarem pelo céu sempre pelo mesmo caminho aparente. Este caminho percorrido pelos planetas que leva o nome de Zodíaco, está dividido em doze constelações distribuidas em quatro grupos de três: cada grupo ligado a um dos elementos: terra, fogo, ar e água.
Todos os planetas tem influência no reino vegetal de modo a imprimir em cada uma delas suas principais características, mas o Sol e a Lua a exercem de maneira mais acentuada. A influência dos planetas numa árvore:
Flores: Vênus
Frutos: JúpiterFolhas: Lua
Cascas e sementes: MercúrioTronco: Marte
Raízes: Saturno
Sol: toda a planta.

Já a Lua, embora sua maior preponderância seja sobre as folhas, à medida que passa pelas constelações transmite ao solo e, também, ao reino vegetal, forças que vão beneficiar todas as suas partes. Por exemplo:

1) Raízes: serão beneficiadas pela passagem nas constelações regidas pelo elemento terra.
2) Folhas e caules: serão beneficiados pelas constelações regidas pelo elemento água.
3) Flores: beneficiadas pelas constelações regidas pelo elemento ar.
4) Frutos e sementes: serão beneficiadas pela constelações regidas pelo elemento fogo.

As fases da Lua também participam do processo vital dos vegetais. Através dos tempos, o homem observou que as fases da Lua estão ligadas ao aproveitamento correto da luminosidade que, embora menos intensa que a solar, penetra mais fundo no solo e, assim, acelera o processo de germinação das sementes. Sendo assim, as plantas que recebem mais luminosidade lunar na sua primeira fase de vida, tendem a brotas rapidamente, desenvolvendo mais folhas e flores, realizando a fotossíntese com mais eficácia. Assim temos que:

NA LUA NOVA é bom para: fazer podas, capinar o mato (demora mais para crescer), colher raízes suculentas e fazer adubação.
NA LUA CRESCENTE é bom para: preparar a terra; semear e colher folhas e frutos; fazer enxertos; plantar flores e folhagens em vasos.
NA LUA CHEIA: não devemos nem plantar nem transplantar e muito menos capinar, pois o mato cresce mais rapidamente. A seiva das plantas concentram-se toda nas extremidades e é de bom alvitre não mexer nas plantas.
NA LUA MINGUANTE é bom para: plantar e colher raízes; colher e armazenar grãos.

PLANTAS LUNARES: são de folhas grandes ou pequenas mas em grande abundância; as flores são brancas ou de cores claras; os frutos são de gosto insípido e sem cheiro;em geral são de aparência bizarra; vivem na água ou bem perto; são frias, leitosas, narcóticas e antiafrodisíacas; costuman ser usadas nas práticas de feitiçaria. Exemplos: agrião, erva-pombinha, tília, chapéu-de-couro, bananeira, abóbora, violeta amarela, trevo, margarida, lírio branco.
PLANTAS MERCURIANAS: possuem folhas pequenas e de cores variadas; produzem flores e folhas porém não frutos; são sinuosas ou ondulantes e de tamanho médio; as flores feralmente são amarelas, de odor penetrante, com sabores diversos, mas um tanto adastringente. São plantas geralmente relacionadas com a mente ou trabalhos na esfera mental. Exemplos: valeriana, sete-sangrias, guaco, eucalipto, erva-lanceta, capim-cidró, canela-sassafrás, salsaparrilha, manjerona, hera, funcho, alfazema, acácia.
PLANTAS VENUSIANAS: são afrodisíacas, com perfume quase sempre suave; produz sementes em abundância e se der frutos, são doces e com aroma agradável; são plantas pequenas, muito floridas, com flores alegres e belas (cor de rosa) e possuem muitas flores, mas sem frutos. Geralmente usadas em magia sexual – para filtros de amor. Exemplos: stévia, hortelã, gengibre, erva-da-vida, erva-de-bugre, catuaba, catinga-de-mulata, algodoeiro, tomilho, poejo, mil-em-rama, malva, cerejeira, bardana, sabugueiro, violeta, rosa.
PLANTAS MARCIANAS: muitas são espinhosas e provocam ardor ao tocá-las. Os frutos podem ser venenosos, são ácidos, amargos e de gosto picante. Em geral são arbustos pequenos, com flores pequenas e vermelhas e podem ser prejudiciais à visão. Exemplos: orégano, coentro, cajueiro, guaraná, cardo-santo, alho-poró, alho, erva-de-bicho, alcachofra, uva-ursi, arruda, losna, urtiga.
PLANTAS JUPTERIANAS: são plantas grandes, rústicas, com frutos abundantes e de aspecto esplendoroso. Os frutos são doces e as flores são muito bonitas mas sem perfume, em geral azuis, brancas e violetas. Algumas vezes, as árvores podem esconder as flores. Exemplos: boldo, baicuru, anis, abacateiro, sávia, sabugueiro, pitangueira, picão, pau-ferro, jurubeba, jambolão, dente-de-leão, carvalho, carqueja, cardamomo, camomila.
PLANTAS SATURNINAS: são plantas melancólicas, tristes, sinistras, sombrias, pesadas e de caule duro; grandes e de forma rara. Produzem frutos sem flores de sabor amargo, acidulado e/ou acre. Se houver flores estas são, geralmente, sombrias, cinzentas ou negras. A reprodução é sem sementes, são resistentes e narcóticas e crescem lentamente. Usadas em cerimônias fúnebre e magia negra. Exemplos: aroeira, avenca, cavalinha, cipreste, cominho, cancorosa, espinheira santa, salsa, taiviá, ipê-roxo, erva-mate, bolsa-de-pastor, amor-perfeito.
PLANTAS SOLARES: são de altura média com flores geralmente amarelas com frutos bons e sabor agridoce. Movimentam-se na direção do Sol ou tem a figura deste em suas flores ou folhas ou frutos. Algumas permanecem sempre verdes e são muito aromáticas. Tem grandes poderes mágicos e curativos. São usadas por suas virtudes de adivinhação, medicinais e contra "maus espíritos". A maioria das plantas medicinais são solares. Exemplos: artemísia, nogueira, tanchagem, marcela, estigmade milho, erva-cidreira, canela, calêndula, babosa, arruda, alecrim, erva-de-são-joão, laranjeira, camomila, açafrão, louro, melissa, girassol.

Bibliografia:
As plantas mágicas - Botânica oculta - Paracelso
Plantas Medicinais - Anatomia - Fisiologia - Patologias - Marisa Albuquerque de Lúcia
Plantas Medicinais - Dr. E. A. Maury Chantal de Rudder

Rejane Woltz Barbisan
Astróloga